domingo, 2 de novembro de 2008

Bicho doido

Tá bom, tá bom, eu concordo que mulher é bicho doido que ninguém entende, que é instável e sangra todo mês e não morre, que muda de humor com as fases da lua e tudo mais que vocês homens insistem em apregoar sobre nós. Tá bom, vocês venceram, é isso mesmo.

Mas vem cá, se nós mudamos com as fases da lua por causa dos hormônios que estão em constante mudança, o que dizer então dos homens que nem menstruam nem nada e mudam de humor o dia inteiro? Acordam de mau humor, depois dão risada e ficam felizes por qualquer bobagem e depois ficam putos da vida por causa de um mero detalhe? Uma palavra em um mau momento leva um homem à loucura e nem adianta pedir calma. Quando um homem fica bravo, se quisermos fazer com que estoure de raiva é só pedir que tenha calma.

Apesar de aceitar que não somos exatamente seres fáceis de entender, ainda acho que marido devia vir com manual de instrução e com botãozinho para desligar. Ou pelo menos para baixar o volume. Quando começam a gritar e brigar nem vale a máxima "quando um não quer dois não brigam". Quem tem marido sabe que não funciona assim.

Você responde alguma coisa - qualquer coisa - que seja lá o que for já vira ofensa. Ele retruca "então quer dizer que..." e vem lá uma bobagem para provar que se homem conseguisse interpretar o que dizem os outros seres humanos não haveria guerras na Terra. Se vamos retrucar a coisa fica pior. Se ficamos caladas aí é que fica pior, estamos "indiferentes" - e essa indiferença só prova que estão com a razão. Segundo eles lá, pelo menos.

Se fazemos han-han, ou emitimos um ruído qualquer logo ele já ganha um significado na discussão. E assim prossegue o homem discutindo sózinho. Mas descobri que essas discussões são só para desencargo de consciência, para chamar a atenção. Devemos ficar mesmo caladas, lá por dentro rezando o mantra da paciência infinita até que ele saia, batendo a porta com estrondo.

Dali a pouco voltará com uma cara de que nada aconteceu para perguntar onde está qualquer coisa que pertença a ele, que ele use e tenha a obrigação de guardar, mas isso não importa. Mesmo que a coisa esteja num lugar óbvio vai perguntar mesmo. E a discussão acalorada dele para consigo mesmo de minutos atrás morreu, caiu no esquecimento, nunca existiu. Que nem tentemos reportá-la no futuro porque tudo será apenas obra de nossa imaginação, a discussão não aconteceu - ponto!

Tá. Somos estranhas, esquisitas, cheias de manias. Mas olha só quem fala!

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